O mês da natureza feminina
Por Vittória Cataldo
Mas e o respeito, como fica? Logo quando essa pergunta surgiu primeiro em minha mente, para depois em meus lábios, eu me repreendi. Perguntar se o respeito é algo que rola ou não, não deveria ser perguntado. O respeito deveria sempre existir e não deixar brechas para dúvidas.
— A gente sofre preconceito do ambiente masculino como mulher porque muitos homens ainda são machistas, então eles ainda acham que precisam resolver coisas com os homens, como por exemplo meu pai e meu irmão mais velho, que são os donos, e eu fico na área administrativa, então assim que tiver que resolver eu resolvo se eu não consigo eu passo para eles em último caso, só que tem funcionários que não aceitam falar comigo. — Ela diz sem titubear ou tirar os olhos do meu.
Mas em doze anos muitas coisas mudaram desde o começou dessa jornada até agora, é claro. Vanessa diz que já conseguiu resolver todos os problemas que poderiam aparecer por ter um útero no meio de um ambiente de trabalho masculino.
— Meu nome é Edson de Melo, o que eu acho de trabalhar apenas com duas mulheres na empresa? É tranquilo. No começo não foi constrangedor, porque eu já conhecia ela. Sempre foi de boa, tendo respeito de um lado e do outro, ela é casada e eu sou casado, é como se fosse amigo. É amigo. — Declarou Edson com um sorriso no rosto falando sobre sua relação profissional com Vanessa.
— Meu nome é Osmar, tenho 38 anos, e eu acho normal trabalhar com ela. Ela é uma pessoa tranquila, podia ser outra pessoa também que eu ia respeitar do mesmo jeito, tem uns 18 anos que eu conheço ela.
— Desde quando começou até hoje, sempre foi tranquilo. Quando estamos conversando só os homens e ela chega a gente continua a conversar, não tem essa diferença, é todo mundo junto. — Ele declara para finalizar.